Hoje celebramos o Imaculado Coração de Maria e, para melhor celebramos, vou partilhar um pouquinho sobre o que seria o Imaculado Coração e sobre a famosa frase que Nossa Senhora de Fátima disse as crianças em Portugal durante uma de suas aparições.
A Igreja Católica reconhece o dogma da Imaculada Conceição de Maria, ou seja, ela foi preservada por Deus, foi concebida sem o pecado original e segundo o que a Igreja nos ensina no Catecismo “ pela graça de Deus, Maria manteve-se pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a vida” (493) permanecendo assim sem macha ou qualquer impureza, e é através dessas afirmações que reconhecemos o Imaculado Coração de Maria.
Em 13 de julho de 1917, depois de mostrar o inferno para os pastorinhos, Nossa Senhora de Fátima afirmou que: “Por fim, o Meu Imaculado Coração triunfará”. Muitos nos afirmam que Maria quis dizer que no final o seu Imaculado Coração iria vencer todo mal, que o mundo vivia por causa da primeira guerra mundial. Eu, na minha pequenez e na minha ignorância, afirmo que o Imaculado Coração de Maria começou a triunfar naquela época e ainda continua a triunfar até hoje e irá continuar triunfando sobre todo o mal para sempre.
Neste dia convido você a se consagrar ao Imaculado Coração de Maria e deixar que Ele triunfe na tua história, na tua vida, porque quando o Coração de Maria triunfa na nossa vida o próprio Jesus Cristo triunfa em nós.
sábado, 29 de junho de 2019
São Paulo Apóstolo
Onde o pecado abundou, superabundou a graça” Romanos 5:20.
É com esse pequeno versículo que quero proporcionar uma reflexão sobre a vida de São Paulo. A conversão desse grande Santo é narrada no livro dos Atos dos Apóstolos 9.
Saulo, como era chamado antes de sua conversão, foi um grande perseguidor dos discípulos de Jesus, era cidadão romano e tinha conhecimento da lei. Saulo respirava ameaças e mortes contra aqueles que seguiam Jesus.
No texto Bíblico que narra a conversão de Saulo, podemos tirar várias lições para nossa vida e algumas delas vou colocar aqui. Em primeiro lugar, é necessário lembramos sempre que é Deus quem guia as nossas vidas. Saulo foi para Damasco com a intenção de prender os discípulos de Jesus e, no meio do caminho, Deus muda totalmente os seus passos. Em segundo lugar, vemos que Jesus chama Saulo pelo nome e que este pergunta quem estava falando. Neste pequeno diálogo, encontramos um Deus que nos conhece pelo nome, mesmo quando nós não o reconhecemos. Logo em seguida, a Sagrada Escritura vem nos dizer que os homens que acompanhavam Saulo ouviam a voz, mas não viam ninguém. Aqueles homens não viam ninguém, não pelo fato de estarem cegos, mas pelo fato de aquele ser um encontro marcado do Senhor somente com Saulo. Inúmeras vezes o nosso lado humano fala mais alto e acabamos querendo mostrar para os outros que servimos a Deus, que Adoramos a Jesus Cristo Sacramentado, que rezamos ou até mesmo quando fazemos caridade e esquecemos que estes momentos não devem ser visto por mais ninguém além do Senhor. Nos é relato também, que Saulo passa três dias sem ver, sem comer e sem beber. Neste relato do texto, encontramos a figura de um homem fraco, um homem no qual não tem a visão para guia-lo, um homem que não tem vontade de comer e beber, mas ao mesmo tempo, podemos afirmar que foi na fraqueza de Saulo que Deus o sustentou. Assim, após a sua conversão, São Paulo foi o maior propagador do cristianismo e até hoje é um grande exemplo para os cristãos.
sexta-feira, 28 de junho de 2019
''Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso''
Você com certeza já ouviu falar ou até mesmo já rezou
esta jaculatória, mas neste dia dedicado ao Sagrado Coração de Jesus,
convido você a já parar para pensar no que significa esta pequena oração
e o quanto valioso é este pedido.
Para
pedir um coração semelhante ao de Jesus precisamos em primeiro lugar
saber: como é o coração de Jesus? E a resposta desta pergunta, o próprio
Cristo nos dá através do Evangelho de São Mateus 11; 29: “Tomai sobre
vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e
encontrareis descanso para as vossas almas”.
Quando
Jesus diz que o seu coração é manso Ele deseja dizer que é possível
encontrar estabilidade e paz dentro do teu coração e a humildade de seu
coração nos revela uma forma simples de enfrentar as dificuldades e
viver. Nas Sagradas Escrituras é narrado que Jesus teve o coração
transpassado por uma lança. Sendo assim, o coração de Jesus, além de ser
um coração manso e humilde, é um coração transpassado, um coração
aberto por uma lança.
Ao
rezar a jaculatória: ''Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso
coração semelhante ao Vosso'', estamos pedindo um coração equilibrado,
cheio de paz, aberto para Deus e aos irmãos. Na oração das Laudes do dia
de hoje, nos é afirmado que: “A caridade te quer aberto com a chaga
visível para que pela chaga visível pudéssemos honrar a ferida do amor
invisível” e que neste mesmo espírito, possamos a partir do dia de hoje
ter um coração semelhante ao de Jesus e honrar o seu coração aberto.
A dimensão e a beleza do mar da vida
"Por vezes sentimos que aquilo que fazemos não é senão
uma gota de água no mar. Mas o mar seria menor se lhe faltasse uma
gota”. Santa Teresa de Calcutá
Por
inúmeras vezes pensamos e até mesmo sonhamos em mudar o mundo, mas ao
decorrer das nossas vidas vamos enxergando a realidade e entendemos que
mudar o mundo é uma missão impossível e, então, paramos de pensar e de
sonhar com essas mudanças. Mas nos esquecemos que muitas vezes seremos
responsáveis por algumas mudanças.
Como
nos afirma Santa Teresa de Calcutá, somos uma gota de água no mar e
isso nos parece pouco, porém, se não houvesse esta gota o mar seria
menor. Ou seja, o que você faz pode até parecer insignificante, mas este
pouco junto com o pouco de outra pessoa se transforma em um imenso mar.
Talvez
um grande erro que nós cometemos, porque também cometo este erro, é o
erro de esperar que o outro faça a mudança que nós tanto desejamos. Com
certeza já passou pela tua cabeça um pensamento que algo seria melhor se
fosse feito de tal jeito e você simplesmente ao invés opinar para que
essa mudança acontecesse ficou quieto e pensou: “é tão óbvio que alguém
vai pensar nisso” e acabou que ninguém pensou e a mudança não aconteceu.
Tem uma frase de uma música que gosto bastante, era fala: “Seja a
Igreja que você quer ver” e hoje eu digo mais: “Seja a mudança que você
deseja”, não espere do outro a mudança, comece você a mudança, e assim,
você terá um mundo melhor.
Se
tem duas coisas que nos encanta no mar quando somos adultos são: a sua
dimensão e a sua beleza. Diferente de quando somos criança, que somente a
dimensão do mar já nos surpreende e encanta. Hoje já não somos mais
crianças, então devemos nos encantar com a dimensão e a beleza do mar da
vida. Ou seja, quando você, uma pequena gota for fazer algo, faça com o
teu melhor, não faça somente por fazer, ou para mostrar para os outros
que você está fazendo, antes de tomar uma atitude e fazer algo no
impulso pense e reflita “será que é isso que Deus deseja que eu faça?”;
“como é a melhor maneira de fazer isso?” e dê o teu melhor para que este
mar da nossa vida seja um mar enorme e belo.
quinta-feira, 27 de junho de 2019
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro
Boa Tarde, povo de Deus!
Hoje é um dia muito especial, afinal de contas comemoramos o dia de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.
O
título de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro nos lembra duas coisas: que
Maria é o nosso eterno socorro diante de Deus Uno e Trino. Ela é a
nossa advogada de todas as horas, é um elo entre a humanidade e Deus.
Ela que foi em todos os momentos da vida de Jesus o seu socorro.
Encontramos
presente na Igreja Católica uma riqueza muito grande, seja ela: na
Sagrada Escritura, em seus ensinamentos, na tradição, no magistério, nos
costumes. E assim também é nas imagens que veneramos, e com o ícone de
Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, não é diferente. Sendo assim, vou
falar um pouquinho sobre a riqueza desse ícone.
No
ícone é possível encontrar 4 abreviações em grego, uma significa a
palavra Mãe de Deus, Jesus Cristo, São Gabriel e São Miguel; a estrela
que se encontra no véu de Maria significa que Ela é a estrela que nos
guia até o seu Filho; o arcanjo São Miguel apresenta a lança, a vara com
a esponja, e o cálice da amargura; o arcanjo São Gabriel segura a cruz e
os cravos, instrumentos da morte de Jesus; a boca de Maria é pequena e
delicada simbolizando o seu silêncio; os olhos de Maria estão voltados a
nós, afim de ver as nossas necessidades e a sandália desatada simboliza
que os pecadores estão presos por fio a Jesus.
Que
a partir do dia de hoje possamos reconhecer Nossa Senhora como a
estrela que nos guia até Jesus, que a exemplo dela possamos nos
silenciar para ouvir a vontade de Deus, que quando trocamos olhares com
Ela possamos encontra o consolo de nossas aflições e que a cada momento
possamos desejar estar presos aos pés de Jesus, como a sua sandália.
Deus, eu, a psicóloga e os remédios
Bom,
é meio difícil escrever sobre este assunto, talvez por não ser um
assunto muito fácil de se falar, mas como diz a famosa frase: “As
palavras convencem, mas os testemunhos arrastam”. Sendo assim, decidi
contar um pouquinho sobre o meu testemunho para vocês.
Para
quem não me conhece, me chamo Renata, tenho 26 anos, faço parte do
Grupo de Oração e sou ministra extraordinária da Comunhão. Desde que me
conheço como gente participo ativamente na Igreja Católica. Até os meus 7
anos participava acompanhando os meus pais, minha vó, meu irmão e minha
irmã nos eventos dos coroinhas e nas missas. Dos 7 aos 18 anos fui
coroinha e cerimoniaria. Depois disso, fui catequista e agente da
pastoral vocacional. Após sair da catequese e da pastoral vocacional,
entrei no Grupo de Oração. E por último, fui convidada a ser ministra
extraordinária da Comunhão.
Quando criança, fui uma
menina meio quieta (acreditem se quiser rs), e ao decorrer dos anos fui
crescendo, amadurecendo, tomando as minhas próprias decisões. Posso
afirmar que até os meus 15 anos, mais ou menos, tinha uma vida normal,
como a maioria das adolescentes dessa idade. Mas foi quando eu comecei a
ter os primeiros sintomas da depressão. Contudo, como estava na famosa
época de transformação, pensei que estava mais relacionado a minha idade
do que com a doença propriamente dita. Nesta época, meus pais me
ajudaram a procurar ajuda e comecei a ir na psicóloga e fazer
acompanhamento com a psiquiatra. Aos poucos, fui melhorando e fiz uma
besteira que muitos fazem: decidi parar de tomar os remédios, parei de
ir na psiquiatra porque me sentia bem sem os remédios. Depois de um
tempo, recebi alta da minha psicóloga e tudo ficou muito bem por um
tempo bom.
Acontece que em 2015, no meu último ano
de faculdade, comecei a me sentir meio que sobrecarregada e muito
desanimada, mas achava que era o estresse das provas, TCC e os outros
compromissos que surgem nesta época da nossa vida. Terminei a faculdade e
continuava me sentido diferente, mas no meu ponto de vista, estava tudo
bem, afinal de contas, estava formada, servindo no Grupo de Oração que
amo, a única coisa ruim era que não tinha passado na OAB e estava
desempregada, coisas que somente o tempo poderia resolver, e que quando
fossem resolvidas, estaria ainda melhor.
Meu ano de
2016, foi um ano bom, porém, me sentia cansada com frequência, mesmo
não fazendo quase nada. O desanimo muitas vezes tomava conta de mim, meu
sono era totalmente bagunçado: ou dormia muito, ou não dormia nada.
Sentia um vazio dentro de mim, um vazio diferente, um vazio que nem
mesmo Deus parecia preencher; não tinha gosto pela vida. Quando estava
com os meus amigos, precisava fingir ser uma Renata alegre, mas as
minhas amigas mais próximas sabiam de tudo isso e SEMPRE me davam a
seguinte sugestão “Re, procura um psicólogo, você não está bem". Só que
na minha inocência, era uma questão de tempo para tudo passar.
Resumidamente, empurrei meu 2016 e o começo de 2017 com a barriga,
achando que em algum dia eu iria acordar e ter novamente a vontade de
viver, que a alegria voltaria a brotar na minha vida do nada.
No
começo de maio de 2017, percebi que não estava nada bem, parecia que
tinha me tornado outra Renata, já não fazia tanta questão de sair com o
pessoal do Grupo de Oração, muitas vezes faltava nos meus compromissos
e, quando ia, acabava inconscientemente me isolando das pessoas. A minha
melhor companhia tinha se tornado a solidão, o lugar aonde mais
desejava estar era no meu quarto e criei uma visão de que a morte não
era algo tão ruim e muitas vezes uma solução para os nossos problemas. O
suicídio não me soava mais como algo errado, o meu vazio parecia ter
tomado conta de todo o meu ser. Mas foi quando finalmente decidi ouvir
minhas amigas e procurei uma psicóloga. Este foi um passo muito
importante na minha vida, pois aos poucos fui me abrindo com a psicóloga
e, de acordo com os teste que ela aplicou, ao decorrer do tempo estava
com depressão moderada. Mas era preciso ir no psiquiatra para ter o
diagnóstico. Foi quando decidi discordar totalmente da minha psicóloga,
porque na minha cabeça pensava “beleza, se estou com depressão, vou
fazer terapia, confiar em Deus e me curar, mas não vou tomar remédios”. A
terapia me ajudava e muito, em vários momentos, porém, os sintomas ainda
batiam na minha porta e cada dia que passava parecia que a minha vida
tinha se tornado um pesadelo. Mesmo com o acompanhamento com a
psicóloga, comecei a me isolar cada dia mais. Meu primeiro pensamento
foi “bom, vou sair do Grupo de Oração, afinal de contas, como vou falar
para as pessoas que Deus é a alegria da minha juventude se não tenho mais
alegria nenhuma?, como vou testemunhar um Deus de milagres se Ele não me
dá uma forcinha para sair da depressão?”. Porém, Deus no teu infinito
amor, me deu amigas muito boas e que nunca desistiram de mim, e por
consideração a elas, eu ia de vez em quando ao Grupo de Oração. Foi
necessário quase um ano para que eu decidisse ouvir minhas amigas e a
minha psicóloga e buscar a ajuda do psiquiatra.
De
início, foi bem difícil criar uma relação entre eu e o psiquiatra,
aceitar que precisava tomar os remédios, decidir começar a tomar os
remédios. Depois os efeitos colaterais dos remédios, a insegurança de
estar fazendo algo errado.
Bom, hoje faz
aproximadamente 1 ano e meio que tomo remédios e, para minha felicidade,
o meu médico disse que se eu continuar assim, posso ter alta daqui um
ano. Minha vida mudou bastante, não vou falar que voltei a ser a Renata
de antigamente, mas posso dizer que aprendi a ser uma Renata nova, aos
poucos fui descobrindo coisas novas sobre mim mesma. Com a ajuda dos
remédios, os sintomas foram diminuindo; com a ajuda da psicóloga, fui
encontrando formas de superar minhas dificuldades, para quando eu não
precisar tomar o remédio, eu consiga vencer os meus problemas; e com a
ajuda de Deus, tenho caminhado cada dia de uma forma melhor. Hoje voltei
a minha rotina no serviço, no Grupo de Oração, no ministério, voltei a
ter a minha vida normalmente.
Bom, o texto ficou
meio grande, mas escrevi tudo isso só para mostrar que: Católicos,
também podem ter depressão ou qualquer outro tipo de doença psíquica, e
que talvez você, assim como eu, não escute muitas vezes testemunhos de
pessoas que passaram por isso, não porque não exista, mas sim, porque
muitas vezes as pessoas possuem vergonha de testemunhar, afinal de
contas, infelizmente na Igreja e no mundo, ainda existem muitas pessoas
que acham que ter depressão é falta de Deus, mas na verdade, não é.
Depressão é uma doença como qualquer outra. Também decidi escrever para
falar que Deus faz milagres, sim mas Deus já nos deu a cura através do
tratamento com os psicólogos, os psiquiatras e os remédios; foi Deus
quem criou tudo e é Deus quem capacita esses profissionais.
Para
finalizar, gostaria de dizer que na minha vida, a cura da depressão, ou
melhor, o caminho para cura da depressão precisou da somatória de 5
elementos: 1º) Deus: acreditar que Deus ira me curar no momento certo e
da maneira certa; 2º) a minha vontade: decidir ser curada, correr atrás
do tratamento, obedecer aos profissionais; 3º) a psicóloga: que me ajuda
a encarar os meus pensamentos, os meus sintomas e olhar para tudo com
um olhar diferente; 4º) o psiquiatra: afinal de contas, psicólogo não
pode receitar remédios, por isso, é necessário um médico psiquiatra; 5º)
os remédios: que agem no meu sistema nervoso, normalizando o fluxo de
neurotransmissores.
Portanto, talvez você esteja caminhando rumo a cura, mas ainda falte um desses elementos.
quarta-feira, 26 de junho de 2019
Maria: do extremo da dor à alegria suprema
Neste
texto resolvi falar um pouquinho sobre duas devoções a Nossa Senhora,
que já me ajudou e me ajuda muito, principalmente nos momentos que acho
que a minha vida não tem jeito, quando o desespero bate, o vazio toma
conta e eu só quero deitar na cama e chorar.
Alguns
dias depois de receber o diagnóstico de depressão, fui a uma lojinha de
artigos religioso e, entre uma vitrine e outra, dentre várias imagens,
tiveram duas imagens que me chamaram a atenção. A primeira é de Nossa
Senhora de Pietà e a segunda de Nossa Senhora do Sorriso. De primeira
não fazia ideia do porquê aquelas imagens mexeram tanto comigo, mas como
gostei muito e estava com dinheiro, resolvi comprar as duas, e após
pedir para o padre abençoar, coloquei elas no meu altarzinho.
Ao
decorrer dos dias fui me aproximando mais da história de Nossa Senhora
de Pietà e de Nossa Senhora do Sorriso, e fui criando uma devoção por
elas. Com o tempo, contava com a intercessão delas na minha vida, em
especial nos momentos que estava nas famosas crises.
Ao
olhar Nossa Senhora com o título de Pietà ou da Piedade, refletia
aquilo que a Sagrada Escritura nos revela, que Maria teve uma espada que
transpassou tua alma (Lc 2, 35). Ela passou pela maior dor que uma mãe
pode passar, perder o teu Filho, receber o corpo do seu Filho sem vida
em seus braços. Essa imagem me faz pensar que, por mais que os meus
sofrimentos pareçam enormes, eles são pequenos diante daquilo que Jesus e
que Maria sofreu, e me ensina que nossas dores são passageiras.
Quando
penso na imagem de Nossa Senhora do Sorriso, logo me lembro da história
que se encontra por trás dessa imagem. Bom, para quem não sabe, o nome
de Nossa Senhora do Sorriso foi dado por Santa Terezinha do Menino Jesus
a Nossa Senhora das Vitórias, e isso ocorreu porque a Santa se
encontrava doente. Não se sabe ao certo se ela tinha uma síndrome do
pânico ou uma depressão, mas era uma doença psíquica e segundo a Santa
“No dia 13 de maio de 1883, festa de Pentecostes, do meu leito, virei
meu olhar para a imagem de Maria, e de repente a imagem pareceu-me
bonita, tão bonita que nunca tinha visto nada semelhante. Seu rosto
exalava uma bondade e ternura inefáveis, mas o que calou fundo em minha
alma foi o sorriso encantador da Santíssima Virgem. Todas as minhas
penas se foram naquele momento, e lágrimas escorreram de meus olhos, de
pura alegria. Pensei, a Santíssima Virgem sorriu para mim, foi por causa
das orações que eu tive a graça do sorriso da Rainha do Céu. ” e ao
olhar para essa imagem, logo penso que, assim como Nossa Senhora sorriu
para Santa Terezinha, ela sorri para mim, e esse sorriso é o sorriso de
uma pessoa que superou todas as dificuldades que o mundo proporcionou, é
um sorriso cheio de luz e esperança, um sorriso que acolhe e cuida, um
sorriso que consola e cura.
Diante
dessas duas imagens encontro o consolo das minhas dores e dos meus
vazios, encontro o exemplo de uma mulher que soube superar as suas dores
e voltou a sorrir, como o título diz: Maria foi do extremo da dor à
alegria suprema, ela vem nos ensinar que por maior que pareça a tua dor
ela um dia vai passar e que após esta dor passar só nos restara a
suprema alegria. Que nos momentos difíceis você possa olhar a figura de
Nossa Senhora de Pietà, refletindo que aquele momento é pequeno diante
da tamanha dor que Maria passou e, após isso, você possa voltar teus
olhos a Nossa Senhora do Sorriso e confiar que existe uma Mãe que olha
por você, que sorri para você e te enche de esperanças para ser feliz.
terça-feira, 25 de junho de 2019
Perseverai na Oração
Bom, hoje gostaria de falar um pouquinho sobre a
perseverança na oração. Um dos significados da palavra perseverança é
“qualidade de quem não desiste com facilidade”, e trazendo para a nossa
realidade, seria a qualidade de quem não desiste com facilidade de
rezar. Em uma pesquisa rápida, achei dois versículos na Sagrada
Escritura que fala sobre o tema, o primeiro está em Colossenses 4;2:
“Perseverai em oração, velando nela com ação de graças”; e o segundo
está em Romanos 12;12: “Alegrai-vos na esperança, sede pacientes na
tribulação, perseverai na oração”. Sendo assim, podemos afirmar que a
perseverança na oração é algo que os primeiros cristãos lutavam para
ter, e é algo que com toda certeza Deus deseja de nós.
Pensando
um pouquinho, cheguei à conclusão que a atitude de perseverar na oração
nos traz várias virtudes, como por exemplo, a paciência e a confiança
em Deus, além de nos trazer algumas graças. A perseverança na oração faz
parte do caminho de santidade, posso afirmar que todos os Santos que
temos na Igreja Católica perseveram na oração e, sendo assim, escolhi
falar um pouquinho sobre Santa Mônica que é um dos exemplos de perseverança.
Santa
Mônica nasceu em uma família cristã e como de costume foi entregue como
esposa à um jovem chamado Patrício que era pagão, rude e violento. Como
toda esposa e mãe cristã, Santa Mônica desejava ardentemente a
conversão de sua família em especial pelo seu esposo e teus dois filhos
Agostinho e Navigio, tendo em vista que sua filha Perpétua sempre esteve
no caminho de Deus.
Durante
aproximadamente 33 anos, Santa Mônica perseverou na oração rezando pela
conversão de seu filho Agostinho, hoje reconhecido como Doutor da
Igreja Católica, Santo Agostinho. Antes de morrer, ela disse à Agostinho
que já tinha se convertido e era cristão: “Uma única coisa me fazia
desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”. Após a
morte de sua mãe, Santo Agostinho se dedicou a vida religiosa e foi
ordenado como sacerdote.
Podemos
encontrar na história dessa grande Santa uma perseverança inabalável,
que superou as dificuldades do dia a dia, as tristezas e até mesmo o
desânimo muitas vezes, e teve como frutos as virtudes: do temor a Deus,
sabendo respeitar a vontade e o tempo Dele; a humildade, vivendo de
forma simples e sobre tudo tentando ajudar os mais necessitados; o
silêncio: se desligando dos problemas do dia a dia e assim conseguindo
ouvir a voz de Deus; o domínio de si: reconhecendo que a vontade de Deus
estava a cima da vontade própria; e a ternura: demonstrando a tua
família todo o teu carinho e amor.
Entre outras
não citadas aqui, é claro que a maior graça que a perseverança de Santa
Mônica recebeu foi a conversão de tua família.
Santa
Mônica vem nos ensinar a sermos firme e perseverante na oração, ela nos
ensina que por mais que pareça impossível algo através da perseverança e
da oração o impossível se torna possível.
Que
possamos aprender a ser como ela e rezar mesmo quando as coisas
parecerem não ter solução, rezar nos dias alegres e naqueles dias em que
não queremos fazer exatamente nada, rezar pelas nossas alegrias,
conquistas e pelas coisas que confiamos que um dia Deus irá realizar na
nossa vida.
segunda-feira, 24 de junho de 2019
Ser como São João Batista
Hoje celebramos a festa de São João Batista, filho de Santa Isabel e primo de Jesus Cristo.
São
João Batista nasceu seis meses antes de Jesus, era filho de Santa
Isabel e Zacarias, foi fruto da oração dos pais (Lucas 1, 13), sendo um
anjo quem revelou o seu nome ao seu pai. E o mesmo anjo disse a
Zacarias que o seu filho seria grande diante do Senhor, e cheio do
Espírito Santo desde o ventre de sua mãe. Santa Isabel e Zacarias
mantiveram a gravidez em segredo durante 5 meses.
No
sexto mês o anjo Gabriel foi enviado a Maria para anunciar que Ela
seria a mãe de Jesus, e também comunicou que sua prima Isabel estava
grávida. A Sagrada Escritura nos narra que, naqueles dias, Maria foi
apressadamente ao encontro de sua prima Isabel, e que essa, ao entrar na
casa de Zacarias e saudar sua prima, a criança saltou no ventre de
Isabel, ficando cheia do Espírito Santo.
Não
há mais nenhum relato sobre a infância, adolescência e juventude de São
João Batista na Sagrada Escritura, porém, estudiosos mostram que
depois, com idade adequada, João teria participado da vida monástica de
uma comunidade rigorista e viveu em profunda penitência e oração. Já na
vida adulta, podemos encontra alguns relatos, como por exemplo, o
Evangelho de São João 1, no qual narra que São João Batista era um homem
enviado por Deus, que não era a luz, mas veio para dar testemunho da
luz. Neste mesmo Evangelho, quando os sacerdotes e levitas perguntam a
João quem ele é, ele responde: “Eu sou a voz do que clama no deserto:
Endireitai o caminho do Senhor, como disse o profeta Isaías”.
“São
João, ao reconhecer e apresentar Jesus como o Cristo, continuou sua
missão em sentido descendente, a fim de que somente o Messias
aparecesse”, viveu e morreu em santidade.
Hoje,
como Católicos, somos chamados a seguir o exemplo de São João Batista e
viver em profunda penitência e oração. Também não somos a luz, mas
sabemos e reconhecemos que Jesus é a verdadeira Luz e devemos dar
testemunho da Luz. Somos chamados a anunciar ao mundo o Reino do Céu e
viver em santidade.
domingo, 23 de junho de 2019
O deserto espiritual
Hoje decidi falar um pouquinho sobre o famoso deserto espiritual.
Bom, como a maioria sabe, o deserto é um lugar de quase absoluta ausência de vida, um lugar vazio. E no deserto espiritual não é muito diferente, o deserto espiritual é uma fase da nossa vida espiritual em que nos sentimos vazios, é aquele famoso momento em que muitas vezes você não sente a presença de Deus, a tua oração parece não ser atendida, a tua vida espiritual parece estar paralisada.
Contudo, tenho duas notícias boas para você: a primeira, é que os Santos já passaram por momentos assim, Santa Teresa de Calcutá, por exemplo, vive cerca de 30 anos nesta situação; a segunda, é que este momento, por mais que pareça nunca passar, ele vai passar, pode até demorar, porém, um dia passa.
Não sei ao certo o motivo de passar pelo deserto espiritual, ou pela noite escura da alma, como diz São João da Cruz, porém, tenho a certeza que saímos desse momento das nossas vidas muito mais fortes de quando entramos. Uma das frases mais interessante que já ouvi sobre o deserto espiritual foi que “o deserto é lugar de passagem” (Padre Paulo Ricardo) e talvez essa afirmação seja a nossa companheira para passar por este momento da nossa vida espiritual, afinal de contas, a partir do momento que sabemos que algo vai passar, é como se o peso ficasse mais leve.
Quando pensamos na palavra deserto no contexto Bíblico, logo nos lembramos dos 40 anos que os israelitas andaram em busca da Terra prometida. E é assim também na nossa vida, passamos pelos desertos, muitas vezes essa passagem nos deixa cansados e desanimados, mas assim como os israelitas tinham a certeza que iriam chegar até a Terra prometida, pois o próprio Deus tinha realizado esta promessa, nós também devemos seguir a diante em meio ao deserto, pois, quando ele acabar teremos tido uma experiência incrível, estando ainda mais forte de quando entramos nele.
Talvez você esteja se perguntando qual o segredo para passar pelo deserto? Eu não tenho muita certeza se é esse o segredo, mas acredito que o segredo seja fazer as mesmas coisas que os israelitas fizeram, continuar a caminhar e confiar nas promessas de Deus. Infelizmente muita gente desiste quando se encontra no deserto, acha que Deus simplesmente o abandonou e dessa forma também acaba abandonando à Deus. Por isso hoje convido você a caminhar neste deserto, caminhar com um olhar diferente, um olhar que tenta enxergar flores aonde muitas vezes só tem lama, um olhar que busca e confia nas coisas do alto e nunca se esquece das promessas de Deus.
Bom, como a maioria sabe, o deserto é um lugar de quase absoluta ausência de vida, um lugar vazio. E no deserto espiritual não é muito diferente, o deserto espiritual é uma fase da nossa vida espiritual em que nos sentimos vazios, é aquele famoso momento em que muitas vezes você não sente a presença de Deus, a tua oração parece não ser atendida, a tua vida espiritual parece estar paralisada.
Contudo, tenho duas notícias boas para você: a primeira, é que os Santos já passaram por momentos assim, Santa Teresa de Calcutá, por exemplo, vive cerca de 30 anos nesta situação; a segunda, é que este momento, por mais que pareça nunca passar, ele vai passar, pode até demorar, porém, um dia passa.
Não sei ao certo o motivo de passar pelo deserto espiritual, ou pela noite escura da alma, como diz São João da Cruz, porém, tenho a certeza que saímos desse momento das nossas vidas muito mais fortes de quando entramos. Uma das frases mais interessante que já ouvi sobre o deserto espiritual foi que “o deserto é lugar de passagem” (Padre Paulo Ricardo) e talvez essa afirmação seja a nossa companheira para passar por este momento da nossa vida espiritual, afinal de contas, a partir do momento que sabemos que algo vai passar, é como se o peso ficasse mais leve.
Quando pensamos na palavra deserto no contexto Bíblico, logo nos lembramos dos 40 anos que os israelitas andaram em busca da Terra prometida. E é assim também na nossa vida, passamos pelos desertos, muitas vezes essa passagem nos deixa cansados e desanimados, mas assim como os israelitas tinham a certeza que iriam chegar até a Terra prometida, pois o próprio Deus tinha realizado esta promessa, nós também devemos seguir a diante em meio ao deserto, pois, quando ele acabar teremos tido uma experiência incrível, estando ainda mais forte de quando entramos nele.
Talvez você esteja se perguntando qual o segredo para passar pelo deserto? Eu não tenho muita certeza se é esse o segredo, mas acredito que o segredo seja fazer as mesmas coisas que os israelitas fizeram, continuar a caminhar e confiar nas promessas de Deus. Infelizmente muita gente desiste quando se encontra no deserto, acha que Deus simplesmente o abandonou e dessa forma também acaba abandonando à Deus. Por isso hoje convido você a caminhar neste deserto, caminhar com um olhar diferente, um olhar que tenta enxergar flores aonde muitas vezes só tem lama, um olhar que busca e confia nas coisas do alto e nunca se esquece das promessas de Deus.
sábado, 22 de junho de 2019
Reflexão sobre a Liturgia Diária 22/06/2019
Bom, na reflexão de hoje, vamos falar um pouquinho da 2Cor 12,1-10 e do Evangelho de Mt 6,24-34.
Na Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios o discípulo nos fala que recebeu um espinho na carne, e que suplicou a Deus três vezes para que fosse retirado dele este espinho. Não sabemos ao certo o que este espinho significa, mas temos a certeza que seria um pecado, a resposta do Senhor com certeza não foi a esperada pelo discípulo, afinal de contas, podemos ter quase certeza que o discípulo esperava que o Senhor atendesse ao seu pedido afastando dele este pecado, mas o Senhor disse a São Paulo: “Basta-te a minha graça. Pois é na fraqueza que a força se manifesta”. Talvez hoje, você se encontre em pecado, ou distante de Deus, mas hoje Deus deseja dizer para você: “basta-te a minha graça”, e te convida a ir ao encontro Dele através da confissão, da Sagrada Comunhão, da Sagrada Escritura. Talvez você, como eu, pense "sou tão pequeno diante de um Deus tão grande". Mas, Deus sabendo de toda a nossa pequenez e da nossa fraqueza vem no dizer que é justamente quando somos fracos que a força Dele nos sustenta.
No Evangelho de hoje Jesus vem nos fazer o convite do desapego, o desapego das coisas materiais, da comida, da bebida e até mesmo com o nosso corpo e o que iremos vestir. Essas coisas fazem parte da nossa vida nesta terra, mas não devem ser a nossa prioridade. Jesus nos faz refletir que até os pássaros que estão no céu são cuidados por Deus, então imagina nós que somos imagem e semelhança Dele?
Diante disso, podemos afirmar que a liturgia de hoje nos faz um único convite, o convite de confiar em Deus e de acreditarmos que nos basta a graça Dele, que diante de cada situação o nosso Deus é maior e que Ele sempre irá providenciar o que nos é necessário.
Cuidado com a mornidão
Na reflexão de hoje quero falar um pouquinho sobre a mornidão. Para ser mais exata, quero falar sobre a mornidão espiritual.
No dicionário encontramos que mornidão significa “falta de fervor, de entusiasmo”, ou seja, a mornidão não é nada mais, nada menos do que a falta interesse. Trazendo para a nossa realidade, é a falta de interesse pelas coisas de Deus ou talvez pelo próprio Deus.
Você pode estar pensando que esta reflexão é para aquelas pessoas que não vão a missa, que não acreditam em Deus, aqueles que tem uma vida mundana, diferente de tudo que acreditamos. Porém, tenho uma notícia para te dar: “esta reflexão é para todos, mas principalmente para aqueles que acham que estão no caminho do Senhor”.
Bom, para explicar um pouquinho de como a mornidão nos atinge, resolvi falar sobre a minha experiência. Isso mesmo, confesso que a mornidão me atingiu, e para ser sincera, talvez não tenha sido a primeira vez.
Vamos lá!!! Sou ministra extraordinária da comunhão e serva do grupo de oração Jesus Sol de Justiça. Desde muito pequena estive envolvida com a Igreja: já fui coroinha, cerimoniaria, catequista e agente da pastoral vocacional. Então, posso afirmar que Deus sempre esteve de um jeito ou de outro no meu dia a dia e, como já falei ali em cima, eu como todo ser humano, já passei por alguns momentos de mornidão e vou compartilhar com vocês o mais recente.
Já faz aproximadamente 2 anos que estou em tratamento para depressão. É isso mesmo, a depressão também atinge pessoas que estão na Igreja, e como alguns sabem, faz parte do meu tratamento tomar remédios e posso afirmar que a minha mornidão começou com o diagnóstico. Quando recebi ele, confesso que questionei muito Deus, porém, decidi continuar minhas atividades na Igreja. Mas com o decorrer do tempo fui desanimando, uma das coisas que mais me desaminava era o fato de ter que acordar cedo em pleno sábado para levar Jesus Eucarístico para a minha enferma e acordar cedo aos domingos para ir ao grupo de oração. Aos poucos, bem devagar para falar a verdade, comecei a me distanciar do grupo de oração porque simplesmente queria dormir rs. Contudo, ao meu ver, isso não me deixava longe de Deus, afinal de contas, ainda ia a missa e até mesmo servia como ministra, então estava tudo bem. Depois de um tempo, de forma inconsciente, acabei parando de rezar o terço, mas na minha cabeça estava tudo bem. Com o decorrer dos dias, parei de fazer coisas simples, como fazer o sinal da Cruz ao passar em frente de uma Igreja, parei de usar a minha cadeia de consagração a Nossa Senhora e até mesmo Crucifixo, porém, para mim, estava tudo bem, afinal de contas, quantos que afirmam ser católicos não fazem isso? Por fim, já não me sentia seduzida por Deus, já não deseja servi-lo como desejava antes. Confesso que aos poucos nem na missa mais queria ir.
Talvez você não veja mornidão em tudo que acabei de contar, mas sinto informar que isso e mais algumas coisas que não citei são mornidão, sim. Hoje posso afirmar que a mornidão age em silêncio e que ela não tem pressa nenhuma em conquistar você, ela chega nas pequenas coisas, coisas que talvez pareça insignificante e aos poucos vai ganhando uma proporção que sai do teu controle.
Você pode estar pensando “legal, Renata, e como posso sair da mornidão???” É simples, mas ao mesmo tempo requer uma entrega total. Em primeiro lugar, decida-se por amar a Deus sobre todas as coisas novamente, decida-se por amar à Ele em todos os momentos da sua vida. Em segundo lugar, deixe ser moldado pelo Espírito Santo. Por último, faça a tua parte, insista em rezar, vá a missa, volte a rezar o terço, converse com Deus e lembre-se “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” (Apocalipse 3; 16).
No dicionário encontramos que mornidão significa “falta de fervor, de entusiasmo”, ou seja, a mornidão não é nada mais, nada menos do que a falta interesse. Trazendo para a nossa realidade, é a falta de interesse pelas coisas de Deus ou talvez pelo próprio Deus.
Você pode estar pensando que esta reflexão é para aquelas pessoas que não vão a missa, que não acreditam em Deus, aqueles que tem uma vida mundana, diferente de tudo que acreditamos. Porém, tenho uma notícia para te dar: “esta reflexão é para todos, mas principalmente para aqueles que acham que estão no caminho do Senhor”.
Bom, para explicar um pouquinho de como a mornidão nos atinge, resolvi falar sobre a minha experiência. Isso mesmo, confesso que a mornidão me atingiu, e para ser sincera, talvez não tenha sido a primeira vez.
Vamos lá!!! Sou ministra extraordinária da comunhão e serva do grupo de oração Jesus Sol de Justiça. Desde muito pequena estive envolvida com a Igreja: já fui coroinha, cerimoniaria, catequista e agente da pastoral vocacional. Então, posso afirmar que Deus sempre esteve de um jeito ou de outro no meu dia a dia e, como já falei ali em cima, eu como todo ser humano, já passei por alguns momentos de mornidão e vou compartilhar com vocês o mais recente.
Já faz aproximadamente 2 anos que estou em tratamento para depressão. É isso mesmo, a depressão também atinge pessoas que estão na Igreja, e como alguns sabem, faz parte do meu tratamento tomar remédios e posso afirmar que a minha mornidão começou com o diagnóstico. Quando recebi ele, confesso que questionei muito Deus, porém, decidi continuar minhas atividades na Igreja. Mas com o decorrer do tempo fui desanimando, uma das coisas que mais me desaminava era o fato de ter que acordar cedo em pleno sábado para levar Jesus Eucarístico para a minha enferma e acordar cedo aos domingos para ir ao grupo de oração. Aos poucos, bem devagar para falar a verdade, comecei a me distanciar do grupo de oração porque simplesmente queria dormir rs. Contudo, ao meu ver, isso não me deixava longe de Deus, afinal de contas, ainda ia a missa e até mesmo servia como ministra, então estava tudo bem. Depois de um tempo, de forma inconsciente, acabei parando de rezar o terço, mas na minha cabeça estava tudo bem. Com o decorrer dos dias, parei de fazer coisas simples, como fazer o sinal da Cruz ao passar em frente de uma Igreja, parei de usar a minha cadeia de consagração a Nossa Senhora e até mesmo Crucifixo, porém, para mim, estava tudo bem, afinal de contas, quantos que afirmam ser católicos não fazem isso? Por fim, já não me sentia seduzida por Deus, já não deseja servi-lo como desejava antes. Confesso que aos poucos nem na missa mais queria ir.
Talvez você não veja mornidão em tudo que acabei de contar, mas sinto informar que isso e mais algumas coisas que não citei são mornidão, sim. Hoje posso afirmar que a mornidão age em silêncio e que ela não tem pressa nenhuma em conquistar você, ela chega nas pequenas coisas, coisas que talvez pareça insignificante e aos poucos vai ganhando uma proporção que sai do teu controle.
Você pode estar pensando “legal, Renata, e como posso sair da mornidão???” É simples, mas ao mesmo tempo requer uma entrega total. Em primeiro lugar, decida-se por amar a Deus sobre todas as coisas novamente, decida-se por amar à Ele em todos os momentos da sua vida. Em segundo lugar, deixe ser moldado pelo Espírito Santo. Por último, faça a tua parte, insista em rezar, vá a missa, volte a rezar o terço, converse com Deus e lembre-se “Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca” (Apocalipse 3; 16).
sexta-feira, 21 de junho de 2019
Reflexão sobre a Liturgia Diária 21/06/2019
Boa Tardeeeeeeee, povo de Deus!
Bom,
hoje vamos refletir o Evangelho de Mt 6,19-23. Neste Evangelho, Jesus
vem nos trazer um conceito novo sobre o que seria um tesouro. Ao nosso
ver, o tesouro é aquilo que é precioso. Se perguntarmos para várias
pessoas diferentes o que é um tesouro, pode ter certeza que a maioria
delas iria responder que o tesouro é um bem material.
Jesus
nos chama a atenção para que possamos juntar tesouros no céu, onde nada
destrói e ninguém pode roubar. Mas é lógico que Jesus não está nos
pedindo para que juntemos coisas materiais durante a nossa vida. Mas no
Evangelho citado, Jesus deseja nos dizer que aquilo que tem preço muitas
vezes não tem valor, e o que nos importa é aquilo que tem valor e não
aquilo que tem preço.
O
preço está relacionado a quantia de dinheiro no qual gastamos para
adquirir um determinado objeto, enquanto o valor é o conjunto de
benefícios que o produto ou serviço tem para o cliente, ou seja, o preço
é o que o outro e a sociedade impõe. Em contrapartida, o valor é a
importância que você próprio coloca no objeto, serviço ou até mesmo na
pessoa.
Sendo assim,
devemos refletir no que nós temos colocado valor, será que não estamos
colocando valor somente nas coisas que tem preço? Enquanto devemos
colocar valor nas coisas no qual dinheiro nenhum compraria. Jesus nos
pede para juntarmos tesouros no céu, tesouros no qual perante a
sociedade talvez não tenha preço nenhum, mas que para nós cristãos, tem
todo valor do mundo.
Penso
que o nosso tesouro celestial se resume em cumprir os dois primeiros
mandamentos, dado por Jesus. Ou seja, amar ao Senhor, nosso Deus, de
todo o nosso coração, de toda a nossa alma e de todo o nosso
entendimento e amar o nosso próximo como a nós mesmo, porque assim como o
nosso coração é a base do funcionamento de todo o corpo humano, o amor é
o princípio de todo tesouro.
O sangue dos mártires é a semente dos novos cristãos
“O sangue dos mártires é a semente dos novos cristãos” Tertuliano.
Já
faz algumas semanas que essa frase tem mexido comigo. Essa afirmação
nos traz a certeza ao coração, de que se hoje seguimos Jesus Cristo, é
porque antes de nós, existiram vários outros seguidores do mesmo Jesus
que conhecemos atualmente, e que muitos desses decidiram ir até o fim
para anunciar a Boa Nova de Jesus Cristo, renunciando tudo, até mesmo a
própria vida, por amor.
Não
posso citar todos os mártires da Igreja Católica, até mesmo porque, não
conheço todos, mas gostaria de chamar a atenção para São Paulo.
Acredito que São Paulo é um belo exemplo de mártir para nós que vivemos
nos tempos atuais, afinal de contas ele, diferente de muitos mártires e
santos, não nasceu em berço cristão. Foi se converter quando já estava
na idade adulta, já tinha muitos conceitos e ideais formados, assim como
nós. Talvez você, como eu, tenha nascido em uma família Católica e
esteja pensando que esse exemplo não se encaixa para você, mas posso
afirmar que se encaixa, sim. Afinal de contas, hoje nós somos o
resultado de vários conceitos e ideais que recebemos muitas vezes dos
nossos pais, familiares, amigos, na escola e conceitos e ideais que nós
mesmos criamos ao decorrer do tempo.
Eis
a questão: o quanto os teus conceitos e ideais tem te afastado do Deus
Verdadeiro??? Talvez você, como a maioria de nós tenha ouvido ainda
quando criança: “não faz isso, não faz aquilo, porque Deus castiga”. E
até hoje vivemos com esta falsa concepção de um Deus castigador, um Deus
rude e é justamente este conceito que nos afasta do Deus que é Amor, do
Deus Misericordioso.
Se
São Paulo tivesse somente esbarrado com Jesus Cristo, a vida dele não iria
mudar, mas naquele dia em que Saulo cai do cavalo, ele tem um verdadeiro
encontro com Jesus Cristo. E talvez seja isso que esteja nos faltando,
talvez estejamos esbarrando com Jesus há anos, mas não conseguimos decidir por encontrar com Ele.
Na
Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 11; 18. 21b-30, encontramos um dos
testemunho de São Paulo que nos narra ter muitas vezes corrido o perigo
da morte; ter recebido cinco vezes quarenta açoites dos judeus; ter sido
três vezes batido com vara, uma vez apedrejado; ter três vezes
naufragado; ter feito inúmeras vigílias; ter passado fome e sede; ter
feito frequentes jejuns; ter passado por frio e nudez, entre outras
situações não citadas aqui. E mesmo assim, continuou firme na fé em
Cristo Jesus até o dia de seu martírio, quando morreu decapitado em
Roma.
Diante desse
pequeno resumo sobre a vida, o testemunho e o martírio de São Paulo
convido todos a refletir o quanto temos nos doado a Deus? Tertuliano
dizia que “o sangue dos mártires é a semente dos novos cristãos” e
trazendo esta frase para a nossa realidade atual, talvez você esteja
pensando “Renata, quer dizer que é necessário que eu morra para que
nasça novos cristão? ”. E a minha resposta é: sim. Mas como todos sabem,
o Brasil é um país onde a liberdade religiosa é garantida e, como
Católicos, não corremos os mesmos riscos que correriam os cristãos de
antigamente e que correm os cristãos de alguns países no qual seguir
Jesus é praticamente um crime. Sendo assim, hoje como Católicos e
brasileiros, nosso chamado é ser mártir das nossas vontades, dos nossos
conceitos e ideais, assim como São Paulo inúmeras vezes foi, como
podemos observar em 2Cor 11,23 – 28. Hoje ser mártir é deixar o nosso
querer de lado, é nadar contra correnteza que o mundo faz questão de
impor e nos deixar encontrar com Jesus a cada segundo para que um dia
possamos dizer assim como São Paulo: “Já estou crucificado com Cristo; e
vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim”. (Gálatas 2; 20).
quinta-feira, 20 de junho de 2019
Corpus Christi
É com muita alegria que hoje celebramos a Solenidade de Corpus Christi.
Para nós Católicos solenidade é uma Celebração comemorativa, e Corpus Christi significa Corpo de Cristo, ou seja, neste dia de maneira especial comemoramos o Corpo de Cristo, a presença Real de Jesus na Hóstia consagrada.
Uma vez li em algum lugar a seguinte frase: “ Deseja saber o quanto foi amado olhe para a Cruz e se deseja saber o quanto é amado basta olhar para Jesus Eucarístico”, desde então esta frase me acompanha. Deus nos amou tanto, que deu o Teu Filho único para morrer pelos nossos pecados, e como não se bastasse isso, para continuar conosco, Jesus Cristo se faz presença Real em todos os momentos da nossa vida. Basta ir a uma Igreja, uma Capela para se encontrar com o Rei dos Reis, para ter um momento único com Deus.
Por um breve momento convido você a visitar teu coração e refletir o quanto valioso Jesus Eucarístico tem sido para você. Faz um ano e alguns meses que sou ministra extraordinária da comunhão e posso dizer que todos sábados quando vou até a Igreja buscar Jesus Eucarístico para a Celebração, vivo uma experiência nova. Mas hoje vejo que viver uma experiência nova com Jesus Eucarístico é um convite feito todos os dias para todos.
Que neste dia possamos pedir para o Espírito Santo possa nos dar cada dia mais a certeza da presença Real de Jesus na Hóstia consagrada e que possamos viver o Corpus Christi todos os dias.
Para nós Católicos solenidade é uma Celebração comemorativa, e Corpus Christi significa Corpo de Cristo, ou seja, neste dia de maneira especial comemoramos o Corpo de Cristo, a presença Real de Jesus na Hóstia consagrada.
Uma vez li em algum lugar a seguinte frase: “ Deseja saber o quanto foi amado olhe para a Cruz e se deseja saber o quanto é amado basta olhar para Jesus Eucarístico”, desde então esta frase me acompanha. Deus nos amou tanto, que deu o Teu Filho único para morrer pelos nossos pecados, e como não se bastasse isso, para continuar conosco, Jesus Cristo se faz presença Real em todos os momentos da nossa vida. Basta ir a uma Igreja, uma Capela para se encontrar com o Rei dos Reis, para ter um momento único com Deus.
Por um breve momento convido você a visitar teu coração e refletir o quanto valioso Jesus Eucarístico tem sido para você. Faz um ano e alguns meses que sou ministra extraordinária da comunhão e posso dizer que todos sábados quando vou até a Igreja buscar Jesus Eucarístico para a Celebração, vivo uma experiência nova. Mas hoje vejo que viver uma experiência nova com Jesus Eucarístico é um convite feito todos os dias para todos.
Que neste dia possamos pedir para o Espírito Santo possa nos dar cada dia mais a certeza da presença Real de Jesus na Hóstia consagrada e que possamos viver o Corpus Christi todos os dias.
Reflexão sobre a Liturgia Diária 20/06/2019
Boa Tarde, povo de Deus!!!
É com muitaaaaaaaa alegria que venho ajudar vocês na reflexão do dia de hoje.
Vou dividir esta reflexão em duas partes, uma voltada para o Evangelho que se encontra em Lc 9, 11b-17 e outra sobre a Segunda Leitura que está em 1Cor 11,23-26.
Pode parecer meio confuso a ordem, porém, compreendi que assim seria melhor para que a reflexão fosse mais frutífera para nossa vida.
No Evangelho de hoje encontramos o milagre da multiplicação dos pães, milagre bem conhecido por nós. Diante deste Evangelho desejo chamar a atenção para o milagre em si, pois na Sagrada Escritura, nos é revelado que havia mais ou menos cinco mil homens e Jesus e seus discípulos tinham somente cinco pães e dois peixes. Jesus ordena que o povo sente em grupos de cinquenta pessoas, abençoa os pães e os peixes e pede para os discípulos distribuí-los para o povo. Os discípulos sem questionar, obedece Ele e depois que comeram e ficaram satisfeitos, percebem que sobraram doze cestos. Existe duas coisas muito interessante neste Evangelho, a primeira é que apesar dos discípulos saberem que cinco pães e dois peixes não dariam para todos os homens, eles não questionam Jesus, somente confiam e obedecem o Mestre, e a segunda coisa que me chama a atenção, é o milagre no qual Jesus multiplica os pães, é o momento que Jesus se revela como Deus e vem ao encontro da necessidade do teu povo.
Na segunda leitura de hoje encontramos um texto muito conhecido por nós Católicos. São Paulo narra a comunidade de Coríntios a última ceia, no qual Jesus ao repartir o Pão disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória” neste momento pela primeira vez aconteceu o que chamamos de transubstanciação, ou seja, o pão se transforma em corpo e o vinho se transforma em sangue de Jesus, e é esta mesma transubstanciação que acontece em todas as missas.
Resumidamente, a liturgia de hoje nos faz alguns convites, primeiramente o convite de confiar e obedecer a Deus e o convite de ver na Hóstia Consagrada o próprio Jesus Cristo e comungar o Corpo e o Sangue Dele em todos os momentos que nos for permitido.
É com muitaaaaaaaa alegria que venho ajudar vocês na reflexão do dia de hoje.
Vou dividir esta reflexão em duas partes, uma voltada para o Evangelho que se encontra em Lc 9, 11b-17 e outra sobre a Segunda Leitura que está em 1Cor 11,23-26.
Pode parecer meio confuso a ordem, porém, compreendi que assim seria melhor para que a reflexão fosse mais frutífera para nossa vida.
No Evangelho de hoje encontramos o milagre da multiplicação dos pães, milagre bem conhecido por nós. Diante deste Evangelho desejo chamar a atenção para o milagre em si, pois na Sagrada Escritura, nos é revelado que havia mais ou menos cinco mil homens e Jesus e seus discípulos tinham somente cinco pães e dois peixes. Jesus ordena que o povo sente em grupos de cinquenta pessoas, abençoa os pães e os peixes e pede para os discípulos distribuí-los para o povo. Os discípulos sem questionar, obedece Ele e depois que comeram e ficaram satisfeitos, percebem que sobraram doze cestos. Existe duas coisas muito interessante neste Evangelho, a primeira é que apesar dos discípulos saberem que cinco pães e dois peixes não dariam para todos os homens, eles não questionam Jesus, somente confiam e obedecem o Mestre, e a segunda coisa que me chama a atenção, é o milagre no qual Jesus multiplica os pães, é o momento que Jesus se revela como Deus e vem ao encontro da necessidade do teu povo.
Na segunda leitura de hoje encontramos um texto muito conhecido por nós Católicos. São Paulo narra a comunidade de Coríntios a última ceia, no qual Jesus ao repartir o Pão disse: “Isto é o meu corpo que é dado por vós. Fazei isto em minha memória. Do mesmo modo, depois da ceia, tomou também o cálice e disse: Este cálice é a nova aliança, em meu sangue. Todas as vezes que dele beberdes, fazei isto em minha memória” neste momento pela primeira vez aconteceu o que chamamos de transubstanciação, ou seja, o pão se transforma em corpo e o vinho se transforma em sangue de Jesus, e é esta mesma transubstanciação que acontece em todas as missas.
Resumidamente, a liturgia de hoje nos faz alguns convites, primeiramente o convite de confiar e obedecer a Deus e o convite de ver na Hóstia Consagrada o próprio Jesus Cristo e comungar o Corpo e o Sangue Dele em todos os momentos que nos for permitido.
quarta-feira, 19 de junho de 2019
Reflexão sobre a Liturgia Diária 19/06/2019
Boa Tarde, povo de Deus!!!
Decidi
agora, de última hora, escrever um pouquinho sobre a liturgia de hoje.
Este texto vai ser dividido duas partes, a primeira fala um pouquinho
sobre a primeira leitura que está em 2Coríntios 9,6-11 e a segunda parte
fala sobre o Evangelho de hoje que se encontra em Mateus 6,1-6.16-18.
Na
leitura da segunda carta de São Paulo aos Coríntios, gostaria de
destacar os versículos 6 e 7, no qual fala: “quem semeia pouco colherá
também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza”.
7 Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem
constrangimento; pois Deus “ama quem dá com alegria”.
Estive
pensando em qual semente São Paulo se referia nesta carta e cheguei à
conclusão que ele estava falando de várias sementes, que entre elas,
está a semente do amor, uma semente que hoje em dia está na boca de
muitos através de frases como “eu te amo”, porém, não se encontra com a
mesma frequência no coração das pessoas.
Entre
os vários significados de amor está o “excesso de zelo e dedicação”,
bom zelo seria o cuidado e dedicação seria o gesto de se entregar,
talvez por isso mesmo como cristãos podemos afirmar que a maior prova de
amor foi quando Jesus morreu na cruz por nós, pois ele se entregou para
nos salvar. Mas, trazendo para a nossa realidade, será que temos
amado???
O quanto de amor você tem semeado??? Afinal de contas, como diz na leitura “quem semeia pouco colherá também pouco”.
Não
conheço você, ou talvez até conheça, mas não posso dizer se você semeia
muito amor ou pouco amor. Contudo, olhando para o mundo atual, posso
afirmar que todos precisamos semear mais amor pelos outros. Que a partir
de hoje possamos pedir ao Espírito Santo a ajuda para amar mais e para
amar a todos, e só assim, iremos colher um mundo que ama de verdade.
A
segunda parte do texto, sobre o Evangelho de São Mateus, já é bem
conhecido por muitos, mas hoje gostaria de focar a reflexão no versículo
1, no qual fala: “Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na
frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não
recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus”.
Bom,
o Evangelho em si fala sobre fazer tudo em silêncio para que somente
Deus saiba, e o primeiro versículo me chamou bastante a atenção pelo
fato de nunca ter ouvido alguém focar nele, e por isso gostaria de
voltar a atenção para ele.
Nos
dias atuais muitas vezes ouvimos das pessoas que Deus é misericordioso,
mas já não ouvimos com tanta frequência que Ele é justo. E não sei se é
por isso, mas acabamos abusando da misericórdia de Deus e, além disso,
acabamos querendo fazer a nossa parte como justiceiros. Não é difícil
ouvir opiniões criticando alguma atitude de uma pessoa ou outra, o homem
muitas vezes se acha no direito até de falar quem deve viver e quem
deve morrer, a cada dia que passa nos tornamos mas justiceiros, muitas
vezes diante de coisas grande e outras diante de pequenas coisas e
acabamos nos esquecendo que a justiça verdadeira é a justiça de Deus.
Diante disso, quero te convidar a pedir pela intercessão de Nossa
Senhora do Silêncio, para que possamos parar de querer ser justiceiros e
começar a nos silenciar e confiar no verdadeiro Juiz.
O valor de uma alma
"Dai-me almas e ficai com o resto o que me importa é juventude santa.” Dom João Bosco.
É com essa frase que quero começar este texto, ou melhor, esta reflexão.
Talvez
muitos conheçam a história de Dom Bosco, se você ainda não conhece,
fica deste modo uma ótima oportunidade de conhecer um grande Santo da
Igreja Católica. Bom, já faz algumas semanas que Deus tem incomodado o
meu coração, e como alguns sabem, faço parte do ministério
extraordinário da comunhão e do grupo de oração Jesus Sol de Justiça.
Nas últimas semanas Deus tem me feito refletir o quanto vale uma alma, e
confesso que tem sido bem difícil, afinal de contas, como colocar valor
em uma dimensão na qual nem conhecemos direito. Mas vou tentar
partilhar um pouquinho o que o Espírito Santo tem colocado no meu
coração.
A alma é algo
invisível aos olhos humanos, é uma parte desconhecida, mas apesar de
tudo isso, nós como Católicos acreditamos que ela existe e que ela vale
muito.
Uma alma vale o
sacrifício, o sacrifício de um Deus Pai que nos dá teu Filho único para
morrer em nosso lugar, o sacrifício de um Deus Filho que se deixa ser
chagado, humilhado, crucificado e morto para nos salvar, o sacrifício de
um Deus Espírito, melhor dizendo, Espírito Santo que se doa para nos
santificar, para nos moldar. Sendo assim, podemos dizer que uma alma
vale para Deus um sacrifício, mas e para nós???
Ahhhhhhhhhh...
para nós uma alma também deveria valer o sacrifício, não o sacrifício
de dar alguém que amamos para morrer, ou o sacrifício de morrer em uma
Cruz, nem o sacrifício de se doar inteiramente para moldar os outros,
mas o sacrifício de morrer para nós mesmos. Dom Bosco dizia “dai-me
almas e ficais com o resto”, e hoje nós também devemos dizer “dai-me
almas e ficai com o resto”. Talvez atualmente estamos dizendo somente
“dai-me almas” e tenhamos esquecido de abrir mão do resto. Acredito que
seja isso mesmo que tem nos faltado: abrir mão do resto. Assim, talvez
muitos estejam se perguntando o que seria este resto, bom vou explicar.
O
resto seria nós mesmo. Sim, nós somos o resto. Nossas vontades, nossos
sonhos, nossas metas, nossos desejos, nossos pensamentos, nossas
atitudes e tudo o mais que possa vir pela tua cabeça. Portanto,
desculpa, mas preciso te informar que o resto muitas vezes são os teus compromissos e
até mesmo a tua família. É necessário fazermos exatamente igual aos
discípulos e abandonar inteiramente as nossas redes. É necessário
seguirmos os passos de todos os santos que até agora a Igreja teve e
morrer para nós mesmos, nos deixando ser guiados pelo Espírito Santo. É
necessário deixar tudo por uma alma.
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