quarta-feira, 26 de junho de 2019

Maria: do extremo da dor à alegria suprema


Neste texto resolvi falar um pouquinho sobre duas devoções a Nossa Senhora, que já me ajudou e me ajuda muito, principalmente nos momentos que acho que a minha vida não tem jeito, quando o desespero bate, o vazio toma conta e eu só quero deitar na cama e chorar.

Alguns dias depois de receber o diagnóstico de depressão, fui a uma lojinha de artigos religioso e, entre uma vitrine e outra, dentre várias imagens, tiveram duas imagens que me chamaram a atenção. A primeira é de Nossa Senhora de Pietà e a segunda de Nossa Senhora do Sorriso. De primeira não fazia ideia do porquê aquelas imagens mexeram tanto comigo, mas como gostei muito e estava com dinheiro, resolvi comprar as duas, e após pedir para o padre abençoar, coloquei elas no meu altarzinho.

Ao decorrer dos dias fui me aproximando mais da história de Nossa Senhora de Pietà e de Nossa Senhora do Sorriso, e fui criando uma devoção por elas. Com o tempo, contava com a intercessão delas na minha vida, em especial nos momentos que estava nas famosas crises.

Ao olhar Nossa Senhora com o título de Pietà ou da Piedade, refletia aquilo que a Sagrada Escritura nos revela, que Maria teve uma espada que transpassou tua alma (Lc 2, 35). Ela passou pela maior dor que uma mãe pode passar, perder o teu Filho, receber o corpo do seu Filho sem vida em seus braços. Essa imagem me faz pensar que, por mais que os meus sofrimentos pareçam enormes, eles são pequenos diante daquilo que Jesus e que Maria sofreu, e me ensina que nossas dores são passageiras.

Quando penso na imagem de Nossa Senhora do Sorriso, logo me lembro da história que se encontra por trás dessa imagem. Bom, para quem não sabe, o nome de Nossa Senhora do Sorriso foi dado por Santa Terezinha do Menino Jesus a Nossa Senhora das Vitórias, e isso ocorreu porque a Santa se encontrava doente. Não se sabe ao certo se ela tinha uma síndrome do pânico ou uma depressão, mas era uma doença psíquica e segundo a Santa “No dia 13 de maio de 1883, festa de Pentecostes, do meu leito, virei meu olhar para a imagem de Maria, e de repente a imagem pareceu-me bonita, tão bonita que nunca tinha visto nada semelhante. Seu rosto exalava uma bondade e ternura inefáveis, mas o que calou fundo em minha alma foi o sorriso encantador da Santíssima Virgem. Todas as minhas penas se foram naquele momento, e lágrimas escorreram de meus olhos, de pura alegria. Pensei, a Santíssima Virgem sorriu para mim, foi por causa das orações que eu tive a graça do sorriso da Rainha do Céu. ” e ao olhar para essa imagem, logo penso que, assim como Nossa Senhora sorriu para Santa Terezinha, ela sorri para mim, e esse sorriso é o sorriso de uma pessoa que superou todas as dificuldades que o mundo proporcionou, é um sorriso cheio de luz e esperança, um  sorriso que acolhe e cuida, um sorriso que consola e cura.

Diante dessas duas imagens encontro o consolo das minhas dores e dos meus vazios, encontro o exemplo de uma mulher que soube superar as suas dores e voltou a sorrir, como o título diz: Maria foi do extremo da dor à alegria suprema, ela vem nos ensinar que por maior que pareça a tua dor ela um dia vai passar e que após esta dor passar só nos restara a suprema alegria. Que nos momentos difíceis você possa olhar a figura de Nossa Senhora de Pietà, refletindo que aquele momento é pequeno diante da tamanha dor que Maria passou e, após isso, você possa voltar teus olhos a Nossa Senhora do Sorriso e confiar que existe uma Mãe que olha por você, que sorri para você e te enche de esperanças para ser feliz.

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